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Banda para todas as idades
Sucesso do Abba começou há 50 anos com Waterloo e ainda não parou
Sucesso do Abba começou há 50 anos com Waterloo e ainda não parou
Benny, Frida, Agnetha e Björn na Inglaterra quando venceram o Festival Eurovision de 1974 com a música Waterloo (foto - Abba/Divulgação)


15/03/2024  
Faz 50 anos que o Abba lançou Waterloo e começou o sucesso mundial. A banda tornou-se cult e o Abba Experience é uma das que mantêm os hits. O Abba tem relação com o cinema e uma das integrantes virou parte da realeza. É uma condessa. A outra tentou também a carreira de atriz. O fato é que o Abba é muito mais que uma banda dos anos 70 e 80, criadora de hits. As músicas atravessaram as décadas e ainda são sucesso. Inovação é a palavra que mais define esse grupo, formado por dois casais.     

Val Rocha

Inovador na música e nas roupas de seus quatro integrantes, o Abba marcou a juventude das décadas de 70 e 80 e, curiosamente, ressurgiu e continua fazendo sucesso, além de motivar uma série de bandas cover. Abba Experience Tribute é uma delas e faz shows pelo Brasil, atraindo multidões de fãs que cresceram ouvindo os hits da banda seja nas décadas de 70 e 80 ou nos anos 2000, como Laura Zuliani, jovem hoje com 25 anos e uma das pessoas que administra a página do grupo Abba Brasil, no Facebook. E ela realizou um sonho: conheceu pessoalmente os quatro integrantes, em 2022.
Abril de 2024 registra os 50 anos do início da festejada carreira mundial do grupo sueco Abba, formado dois anos antes por dois casais. Naquele sábado de abril de 1974, a banda venceu o Festival Eurovision com a música Waterloo. Agnetha e Björn e Anni-Frid e Benny marcaram musicalmente o mundo na década de 1970 e começo da de 1980. Sucessos e mais sucessos embalaram a juventude e as crianças daquela época até o grupo acabar com o fim do amor dos dois casais. Primeiro foi a separação de Agnetha e Björn (no final de 1978) e, depois, a de Frida e Benny (1981). Com os divórcios, o grupo ainda gravou discos, mas não fez mais shows e cada um partiu para carreira solo, com algum sucesso, mas nada mundial. Só que o Abba ressurgiu especialmente na década de 90. Dois filmes com clássicos do grupo na trilha sonora fizeram as músicas retornarem às paradas de sucesso. Também fez sucesso um musical denominado Mamma Mia (nome de uma música do Abba) e com toda a trilha sonora do grupo, além de ter a participação de Björn e Benny. O musical culminou com o filme Mamma Mia, em 2008, que encantou as plateias de todo o mundo, gerando um segundo filme, em 2018, dez anos depois. Foram exatos 10 anos o tempo de carreira do Abba desde o início, em 1972, com o nome Björn & Benny e Agnetha & Anni-Frid. Esse nome do grupo estava relacionado ao fato de cada um deles ter carreira individual e com discos gravados. Agnetha, por exemplo, era bastante conhecida na Suécia, com diversos discos e músicas compostas. O nome do grupo durou muito pouco tempo e em seguida escolheram Abba, tomando por base a letra inicial dos nomes dos quatro: Agnetha, Björn, Benny e Anni-Frid. Foi como Abba que o grupo se apresentou no Festival Eurovision de abril de 1974. E a grafia do nome, a partir de 1976, surgiu com a forma que todos conhecem na logomarca do grupo: a primeira letra "B" invertida.
Dia 16 de março de 2010, o Abba teve a oficialização de seu ingresso no Hall da Fama do Rock, em Nova York, nos Estados Unidos. A banda foi apadrinhada na cerimônia do Hall da Fama pelos Bee Guees. Barry e Robin Gibb fizeram as honras a Anni-Frid e Benny, que representaram o Abba na ocasião.  

Waterloo projeta o grupo

O Abba é um grupo sueco, mas com a música "Waterloo" -- tema notadamente francês -- e cantando em inglês na Inglaterra, venceu o Festival Eurovision da Canção de 1974, realizado em 6 de abril daquele ano na cidade de Brighton. O Abba representou o seu país, a Suécia. A partir daí a música ganhou as paradas europeias e mundiais. O maestro Sven-Oloff Walldoff surgiu fantasiado de Napoleão na apresentação do grupo, dia 6 de abril, um sábado, um dia depois do aniversário de 24 anos de Agnetha (a mais jovens dos quatro). 
A música Waterloo foi considerada a melhor de todos os tempos do festival, na edição comemorativa dos 50 anos de criação, em 2005 e essa decisão foi reforçada na edição de 2021 por ocasião dos 65 anos. O Eurovision é considerado o maior festival televisivo de todo o mundo. É organizado pela União Europeia de Radiodifusão desde 1956. 
"Waterloo" faz analogia à derrota de Napoleão Bonaparte e de seu império, construído na França, na batalha de Waterloo (região que hoje integra a Bélgica) em 18 de junho de 1815, pondo fim ao chamado Governo de Cem Dias. A derrota levou Napoleão ao segundo exílio. A música faz referência à guerra, mas relacionada à vida amorosa de jovem. "Minha nossa, em Waterloo, Napoleão se rendeu. Ah, sim, e eu encontrei meu destino de uma maneira bastante semelhante. O livro de história na estante. Está sempre se repetindo. Waterloo, eu fui derrotado, você ganhou a guerra. Waterloo, prometo te amar para sempre...", diz o início da letra da música, traduzido do inglês. A música é de Benny, Björn e também de Stig Anderson. Este último foi o empresário (manager) da carreira do grupo e dono da gravadora Polar Music. Era tido como o quinto integrante porque participou da composição de diversos sucessos do Abba.
A decisão do grupo sueco de cantar em inglês foi por iniciativa de Björn, segundo contou Benny em entrevista ao The Big Issue, em 2022. O grupo fazia músicas em sueco, inclusive Waterloo foi escrita em sueco e, depois, teve a versão em inglês com a qual o grupo se apresentou no Eurovision. A primeira música em inglês do Abba foi People Need Love, em 1972, sucesso na Suécia e depois mundial. Vídeos dessa e da música Ring Ring, com a qual o Abba competiu no Eurovision em 1973 e ficou em terceiro lugar, mostram uma curiosidade: Agnetha não está cantando. Ela foi substituída temporariamente pela cantora sueca Inger Heinerborg, que era amiga de Frida. Agnetha havia dado à luz a filha Linda, que nasceu dia 23 de fevereiro de 1973. Agnetha e Björn, que se casaram em 1971, tiveram outro filho, Peter, nascido em 4 de dezembro de 1977. Mas dessa vez a banda não substituiu Agnetha, embora tenha adequado o calendário de turnês. 

Música em novela

No Brasil, o Abba começou a ser conhecido, efetivamente, em 1976, quando a música Honey, Honey entrou na trilha sonora internacional da novela da Globo "O Casarão". Era a época do disco de vinil com compact simples ou duplo e o "long play", chamado de LP, tocados em aparelhos toca-discos, criados a partir de 1955 e denominados radiolas ou vitrolas. Vieram os aparelhos portáteis e, no Brasil, foram também chamados de "Sonata", em razão da marca do fabricante, sediado em Campinas (SP) e que produziu milhares e milhares de aparelhos, abastecendo todo o país. Os toca-discos portáteis, ao lado das fitas-cassetes, animaram muitos bailinhos das décadas de 70 e 80 no Brasil.
Foi com Dancing Queen que o Abba ingressou no ranking das 100 músicas mais tocadas no ano de 1977, quando se posicionou em 37o. lugar, segundo dados do site "maistocadas.mus.br". Um dos maiores sucessos do Abba, se não o maior, Dancing Queen foi apresentada pela primeira vez em 19 de junho de 1976, no casamento do rei da Suécia Carlos Gustavo (Carl Gustaf) com a rainha consorte Silvia, que é filha do alemão Walther Sommerlath e da brasileira Alice Soares de Toledo (Alice Sommerlath). Inclusive Silvia, que nasceu na Alemanha em 1943, morou em São Paulo de 1947 a 1957. A letra da música fala da rainha da dança e foi ouvida pela primeira vez pela rainha da Suécia. Na apresentação, um show especial do Abba, as tradicionais roupas excêntricas do grupo deram lugar a não menos chamativas roupas do século 18 para a gala musical em homenagem ao casal.
A música do Abba tem uma característica que é o uso de piano e teclados. Benny é tecladista e fez valer a inclusão do instrumento nas músicas, algo não muito comum entre bandas pop. Outras inovações são percebidas nas músicas. Dancing Queen, por exemplo, começa com o refrão. Além disso, as duas cantoras se harmonizam nas vozes. Em outras músicas, uma delas se sobressai (em "The winner takes it all" é Agnetha, já em "Money, money, money" é Frida). A voz principal também pode ser de Björn como em "Does your mother know", embora ele e Benny cantem nos refrãos das músicas.

Filmes retomam sucesso do Abba

Os filmes "Priscilla, a rainha do deserto" e "O casamento de Muriel", ambos de 1994 e rodados na Austrália, tinham muitas músicas do Abba e recolocaram o grupo de volta às paradas de sucesso com seus hits. Não é à toa que os filmes são da Austrália. Foi nesse país que o Abba fez o maior sucesso e registrou o início da chamada Abbamania. Os rostos do quarteto estavam em cadernos, xícaras, copos, fitas, camisetas, livros, revistas, pôsteres e muito mais, incluindo roupas como as usadas pelo grupo. Tudo começou com uma apresentação da banda em um programa de televisão em 1976. As músicas do Abba já faziam sucesso, mas depois disso a popularidade do grupo disparou. Tanto que, em 1977, no começo de março, o Abba fez uma turnê pelo país que entrou para a história da banda. A banda cantou sob um forte temporal porque o público não arredou pé. Um dos vídeos, inclusive, mostra um amontoado de guarda-chuva balançando enquanto o grupo canta Tiger. Essa turnê resultou também num filme, o Abba - The Movie (Abba - O Filme), lançado em dezembro de 1977 na Austrália e em países europeus. Com o sucesso de Mamma Mia, o filme foi relançado em 2009. 

Dos videoclipes para o cinema

O diretor é Lasse Hallström, que também fez o roteiro do filme Abba - The Movie. Hallström, sueco nascido em 1946, era um velho conhecido de todos da banda. Foram dele praticamente todos os videoclipes do Abba, exceção de três. Ele dirigiu e inovou em muitos deles, dando toque colorido ou as imagens fechadas nas bocas de Agnetha e Frida, como o da música Mamma Mia em que a sincronia das vozes das duas é mostrada nas bocas e há ainda os movimentos das teclas do piano tocado por Benny e dos dedos de Björn na guitarra, além das estrelas num dourado e preto que vão crescendo na tela. E em Dancing Queen a imagem inicial é da mão de Benny passando rapidamente pelo teclado nas primeiras notas da música.
Hallström, após o Abba, tornou-se cineasta premiado. É dele a direção de filmes famosos como "Gilbert Grape - Aprendiz de sonhador" (What's eating Gilbert Grape), "Chocolate", "Minha vida de cachorro", "Sempre ao seu lado" (Hachiko - A dog's history, com Richard Gere) e "Querido John" (Dear John), exibidos com frequência na Sessão da Tarde da Globo. 
Ao todo oito filmes têm músicas do Abba na trilha sonora. O mais famoso, sem dúvida é "Mamma Mia", com Meryl Streep e Pierce Brosnan, de 2008 e dirigido por Phyllida Lloyd e que teve continuação em 2018 ("Mamma Mia - Lá vamos nós de novo"). O filme é baseado no musical de mesmo nome que estreou em 6 de abril de 1999, em Londres e depois foi a outros países, entre eles os Estados Unidos, na Brodway, antes passando por San Francisco e Los Angeles. Em São Paulo, o musical estreou em 2010.
A música Mamma Mia é um hit do Abba, mas, curiosamente, o grupo ofereceu-a para que a banda britânica Brotherhood of Man, formado por dois homens e duas mulheres, a gravasse. Porém o grupo, que venceu o Eurovision de 1976 espelhando-se no Abba, não quis gravá-la. Outra curiosidade é que a música Fernando foi feita para disco solo de Frida e gravada em sueco antes do Abba. Depois ela teve a versão em inglês e gravada pelo Abba, em 1976. 
Ainda na Austrália e, posteriormente em outros países, o Abba apresentou um minimusical dentro do show: The girl with the golden hair (A garota com os cabelos dourados). A experiência ousada tinha Agnetha e Frida, ambas com perucas loiras e igualmente vestidas cantando as músicas inicialmente sozinhas "Tank you for the music" (Agnetha) e "I wonder (Departure)" (Frida) e juntas interpretaram I'm a Marionette e, em seguida, agora as duas vestindo um maiô branco, "Get on the carousel". Nesse minimusical havia um narrador entre uma música e outra que as ligava. A história cita a garota que quer o sucesso, tem o sucesso e depois enfrenta os problemas que esse sucesso traz. 

Agnetha, atriz e Frida na realeza

Tanto Agnetha quanto Frida tem histórias de vida marcantes. Agnetha foi considerada prodígio como cantora e compositora e ainda atriz. Em 1969 ela participou de um curto musical na tevê sueca, no qual ela representa e canta, inclusive ao lado de pilotos de avião (curiosamente, anos depois, ela passou a ter medo de viajar em aviões). Mais tarde, com o fim do Abba, além de carreira solo na música ela estrelou o filme Raskenstam, de 1983, dirigido por Gunnar Hellström. Teve dois filhos: Linda e Peter. E Linda lhe deu três netas e uma delas tem no nome uma homenagem à parceira do Abba. É Tilda Eliza Frida Ulvaeus-Ekengren, nascida em 27 de janeiro de 2001. Isolamento e tendência à depressão, além do suicídio da mãe em 1994 e logo depois a morte do pai, também marcaram a vida da cantora.
Já Anni-Frid Lyngstad, a Frida, nasceu na Noruega, em 15 de novembro de 1945. O pai dela foi um alemão sargento Alfred Haase, que esteve na Noruega e com o fim da II Guerra Mundial voltou para a Alemanha. Frida foi com a mãe, Synni Lyngstad, para a Suécia para fugirem do preconceito após a guerra. Aos 2 anos a mãe morreu e ela foi criada pela avó. O pai, que ela acreditava ter morrido, reapareceu descoberto pela imprensa quando ela já estava famosa, mas eles não tiveram um bom relacionamento. Frida se casou aos 17 anos e teve duas filhas. Divorciou-se em 1970 e uniu-se a Benny quando então criaram o Abba. Com o fim do grupo, ela tentou a carreira solo e depois, em 1992, casou-se com Heinrich Ruzzo, príncipe suíço, e tornou-se condessa de Plauen. O príncipe faleceu em 1999. Frida ficou anos só e desde 2007 vive com o britânico William Henry Smith, quinto Visconde Hambleden.


Laura realizou o sonho de conhecer os quatro integrantes do Abba



"Eu comecei a gostar do Abba por causa da minha tia, que sempre gostou muito da banda. Então comecei a conhecer as pessoas na época do Orkut e começamos com a comunidade. Logo depois começamos com o Facebook", disse Laura Zuliani, uma jovem que tem 25 anos de idade e é da equipe de administradores do grupo Abba Brasil no Facebook, criado nesta rede social em 2012, oriundo do antigo Orkut. Laura, que é de Jaboticabal (SP), realizou um sonho em 2022: ela conheceu pessoalmente Agnetha, Björn, Benny e Frida, os quatro integrantes do Abba. "Foi uma honra", disse. Ela foi convidada e viajou a Londres para acompanhar a pré-estreia da apresentação virtual do álbum Voyage, que reuniu os quatro da banda para gravações, o que não faziam desde o começo dos anos 80. 
Laura gosta do Abba, porém considera "muito difícil falar qual música é minha favorita porque creio que cada álbum se encaixa em uma fase da minha vida. Eu diria que — hoje — o álbum The Visitors conversa mais com o momento que estou vivendo". Neste álbum estão músicas como The Visitors, When All Is Said and Done, One of Us (talvez a mais conhecida) e Slipping Through My Fingers.
Ela acredita que o filme Mamma Mia, lançado em 2008, é uma das justificativas para o fato de muitos jovens terem descoberto o Abba, mas não só isso. Entende que a tecnologia facilitou. "No meu ponto de vista, o filme Mamma Mia chamou muitos jovens na época e potencializou muito mais com as trends do Tik Tok. E com a internet a busca pela banda ficou muito mais fácil, além de Instagram etc."
Há centenas e centenas de textos e vídeos do Abba e sobre o Abba na internet. No Youtube, por exemplo, há registros de entrevistas, vídeos oficiais e apresentações em tevês de diferentes países.
 

Abba Experience leva a música e o clima de show do Abba



Não é só cantar as músicas icônicas do Abba. É preciso criar toda a atmosfera do show para que o público se sinta mesmo numa apresentação de Agnetha, Frida, Benny e Björn. Exatamente isso que o Abba Experience Tribute faz. Um verdadeiro tributo ao Abba e também a uma época que quem viveu não esquece.
Flavia Mengar (Agnetha), Victoria Rossi (Frida), Gabriel Calixto (Björn) e Mateus Kerr (Benny) são os quatro que fazem do show do Abba Experience algo para permanecer nas lembranças dos antigos fãs e dos novos fãs do Abba. O grupo é um dos mais solicitados para shows no Brasil e países da América. A apresentação, além do quarteto, reúne bailarinos e músicos, uma equipe que ultrapassa 30 pessoas, para dar ao público o que o que ele quer, ouvindo as músicas preferidas. Uma delas é Waterloo, a que projetou o grupo original à fama mundial. Victoria diz que na apresentação, a música "acontece em um momento um pouco diferente, quando o show já está chegando ao fim. Não vou dar muitos spoilers além disso, mas é uma hora de bastante euforia nossa e do público, é uma música cheia de energia e o público gosta bastante". E Flavia reforça: "É o momento da virada enérgica do nosso show".
Segundo Flavia, o Abba Experience "foi criado na verdade como uma vertente. A empresa já tinha um show do Queen nesse mesmo molde do Abba e estava dando muito certo. Como no geral todos eram muito familiarizados com as músicas do Abba, achamos que poderia dar certo, e deu no que deu".
Tanto Victoria quanto Flavia são jovens. Não acompanharam lançamentos de álbum e nem apresentações na década de 70. "Essa é uma pergunta muito boa porque faz a gente refletir bastante, afinal, nós nem somos da mesma época que eles, mas basicamente, música boa não morre nunca, né? Acredito que o legado que eles deixaram é memorável e nossos pais e familiares sempre gostaram tanto que acabou sendo combustível pra nós também", disse Flavia que se transforma em Agnetha nos shows para soltar a voz. Já Victoria, a Frida, disse que "desde pequena só ouço músicas das décadas de 70 e 80. Meus pais sempre gostaram muito, então fui criada ouvindo músicas desse tempo, e continuo gostando muito. Pra mim são as melhores décadas para música e eu confesso que quase não ouço músicas atuais. Depois de começar a fazer teatro musical, com uns 13 anos, eu descobri também o musical do Mamma Mia, que antes de virar filme foi lançado na Broadway e é inteirinho com músicas do Abba, e me apaixonei. Depois vieram os dois filmes para o cinema e também gosto bastante. É mais teatral, cheio de figurinos incríveis e toda aquela coisa grandiosa e fabulosa que os musicais têm."
Sobre a música preferida de cada uma delas, Flavia diz gostar de "músicas mais lado B" e Victoria aponta Chiquitita. Já o público é Dancing Queen. Flavia: "Ah, acho que cada um tem uma favorita. Difícil escolher... o meu top 3 muda toda semana. Eu gosto muito das músicas mais lado B, aquelas que nem sempre são tão conhecidas como Angel Eyes, When I kissed the Teacher... Mas acredito que o que o público quer mesmo ouvir é Dancing Queen, né? Essa música atravessou gerações e traz com ela uma nostalgia festiva muito gostosa. O público delira! Mamma Mia, Waterloo, Fernando e The Winner Takes it All estão entre as favoritas do público com certeza".
Victoria fala de Chiquitita "uma das minhas favoritas. Acho o arranjo dela belíssimo e eu e a Flávia abrimos voz na música inteira, o que eu também amo. E o público gosta bastante também, muita gente se emociona nessa. E a música que o público mais pede com certeza é Dancing Queen, não tem jeito".
O setlist do Abba Experience é baseado em pesquisa sobre as músicas que mais marcaram o Abba e o show do grupo hoje não inclui canções do álbum Voyage, lançado em 2022, "apesar de amarmos".
Sobre o fato de muitos jovens irem aos shows e gostarem do Abba, Flavia considerou que "essa geração que veio dos anos 2000 pra cá cresceu, é claro, muitas vezes influenciada pela família, mas acredito que com o crescimento do ramo dos musicais no Brasil e concomitantemente o musical Mamma Mia na Broadway e nos cinemas acabou aproximando o público mais jovem do Abba. As músicas são icônicas e parecem que foram feitas pra essas adaptações, acredito que tenha tido um impacto grande também pra trazer esses jovens ao Abba".
Victoria tem opinião semelhante. "Acho que o nosso show atrai um público mais jovem justamente porque nós trazemos um mix bem legal entre o legado do Abba e os filmes e musical que são mais recentes, portanto mais conhecidos entre o público mais jovem", disse ela. "Muita gente mais nova vem assistir ao show e consegue reconhecer leves referências que fazemos aos trabalhos mais recentes, mas também levamos com muito carinho e respeito tudo que o Abba originalmente trouxe. Então é bem legal porque acaba sendo um show para todas as idades, é muito gostoso poder levar esse show pro Brasil inteiro e atingir todo tipo de público. É muito gratificante", finalizou Victoria.


"People need love", mas todo mundo tem um "Waterloo", um dia que precise de "SOS" ou que as garotas se esbaldem como "Dancing Queen" para que "Money, money, money" não interfira e "Mamma Mia", "Gimme, gimme, gimme" encontre um "Fernando" ou a "Chiquitita" porque "I have a dream" e "Take a chance on me", em um momento, possa haver "Me and I", o número 1 de "Super Trouper", uma vez que "The winner takes it all", embora "I still have faith in you". (Val Rocha é jornalista e escritor)

 
 
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